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  • Foto do escritorMariana Dias

A arquitetura e as escolas da primeira infância: 3 projetos que você não pode perder!

Como você se lembra das escolas em que estudou? Paredes brancas, carteiras enfileiradas uma atrás da outra voltada para um quadro negro, professor falando lá na frente e, se muito, uma atividade ou outra em grupo de 2 ou 4 alunos.

Os novos tempos não combinam mais com espaços frios, desconfortáveis e sem interatividade. Pedagogias como a Reggio Emilia, Waldorf, Montessori, dentre outros, trazem uma forma diferente de ensinar e de aprender, combinam com características mais humanizadas que inspiram as pessoas e dialoguam diretamente com o projeto pedagógico proposto.

O livro “As cem linguagens da criança - a Abordagem de Reggio Emilia na Educação da primeira infância” aponta que o espaço é tido como um elemento essencial da abordagem educacional. O espaço é planejado e estabelecido para facilitar encontros interações e intercâmbios entre alunos, educadores, pais e equipe, todos devem sentir hospitalidade, senso de pertencimento de forma que crie uma “atmosfera de descoberta e serenidade” para as descobertas e exploração das crianças.

A arquitetura projeta esses espaços e tem a tarefa de aprimorar e aprofundar as camadas de significados - já lidos pelos usuários com base nas próprias ideias e cultura – para que todos se sintam à vontade nele.

Sendo assim, através da arquitetura, é possível influenciar na percepção do ambiente, estimular ou inibir uma sensação ou comportamento. As ferramentas são as mais diversas: texturas, cores, materiais, escalas, alturas, ambientes amplos para agregar pessoas ou menores e mais reservados, por exemplo, e tem conexão direta com a cultura do local em que a escola é implantada.

Pensando nessa rica e crescente abordagem da educação, selecionamos algumas escolas com essas características que você precisa conhecer.


01 - Centro Infantil El Guadual, VILLA RICA, COLÔMBIA


Arquitetos: Daniel Joseph Feldman Mowerman, Ivan Dario Quiñones Sanchez

Área: 1823 m²

Ano: 2013

Fotografias: Ivan Dario Quiñones Sanchez


O processo participativo para o projeto buscou gerar um senso de pertencimento e envolveu meninos, meninas, mães comunitárias, pais, famílias e líderes foram base para as diretrizes desse projeto.


Foto: Ivan Dario Quiñones Sanchez

Salas de aulas com múltiplas entradas e saídas permitindo que as crianças experimentem o impacto de tomar uma decisão.


Foto: Ivan Dario Quiñones Sanchez

“A textura das paredes em concreto ocre com forma de esteira foram definidos pela comunidade como maneira de recordar suas construções em taipa de pilão que já não existiam mais e estão sendo replicadas em construções do Município.”


Foto: Ivan Dario Quiñones Sanchez

Cinema ao ar livre aberto à comunidade.


Foto: Ivan Dario Quiñones Sanchez

02 - ESCOLA NO ALTO DE PINHEIROS, São Paulo

Arquitetos: Base Urbana, Pessoa Arquitetos

Area: 796 m²

Ano: 2015

Fotografias: Pedro Vannucchi


Combinação entre madeira e concreto pré-moldado fora as 2 frentes que caminharam simultaneamente para trazer agilidade à obra, que deveria ser construída em 150 dias.

As escolhas de materiais e construtivas para o edifício como a madeira, cores, conexão visual entre o espaço aberto e fechado exprimem “valores importantes para uma escola que pretende ter um espaço pedagógico extremamente prático e ao mesmo tempo agradável que potencie a comunicação entre os alunos, o ambiente e a experiência de aprendizagem.”


Foto: Pedro Vannucchi


A escala permite que as crianças modifiquem diretamente o espaço, movimentando os brises coloridos.


Foto: Pedro Vannucchi

Foto: Pedro Vannucchi


03 - Jardim da Infância e Creche OB - NAGASAKI, JAPÃO

Arquitetos: HIBINOSEKKEI, Youji no Shiro

Fotografias: Studio Bauhaus, Ryuji Inoue

área Do Terreno:2704.36 m²

Superfície:1458.38 m²

área Construída:864.35 m²


“A fim de promover um movimento diverso de crianças, temos uma postura, nascida de uma variedade de operações com o corpo no edifício. Por exemplo, fornecemos uma série de pequenas operações, que atraem as crianças, como a pequena caverna, o quadro-negro e o material do chão - que muda o humor das crianças.”



Foto: Studio Bauhaus, Ryuji Inoue


A diferença de nível entre cozinha e refeitório de forma que as crianças e adultos estejam na mesma altura dos olhos um do outro.


Foto: Studio Bauhaus, Ryuji Inoue

Foto: Studio Bauhaus, Ryuji Inoue


“Na cobertura há um terraço aberto em direção ao mar, é como se estivesse flutuando no mar. O projeto pretende melhorar a força física e atenção das crianças, que devem crescer com uma mente desafiadora.”

Esses projetos têm o caráter integram de forma lúdica o

Nota-se que em todos os projetos a criança é , o espaço lúdico

Nota-se que a criança é o ponto central de todos os projetos, formando um espaço colorido, com diferentes escalas que compõem o edifício lúdico e pautado na cultura local.


Foto: Studio Bauhaus, Ryuji Inoue

Torcemos que esta postagem tenha lhe trazido novos horizontes sobre como o ambiente pode alterar e melhorar o desempenho do objetivo para o qual ele tenha sido criado. E você, conhece alguma escola que não poderíamos ter deixado de fora? Nos dia sua opinião e muito obrigado pela leitura.

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Até mais.

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